Atividades escolares e o desenvolvimento de competências socioemocionais

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Atividades escolares e o desenvolvimento de competências socioemocionais

                As escolas, cada vez mais, estão buscando estabelecer em seus currículos a integração de diversas áreas do conhecimento. Entre elas, estão as conhecidas competências socioemocionais. De certa forma, acreditava-se que tais habilidades poderiam ser trabalhadas em conteúdos específicos e disciplinas que pudessem favorecer o debate, o trabalho em grupo e a integração dos alunos.
                Porém, hoje sabemos que tais elementos estão presentes no desenvolvimento de todas as tarefas direcionadas ao aluno, uma vez que é esperado a sua implicação direta na realização das mesmas e na aquisição de novos saberes significativos durante sua elaboração.

      Quais competências socioemocionais podem estar sendo empregadas durante a realização de tarefas de matemática, língua portuguesa ou ciências?

                O conceito de competências socioemocionais refere-se às capacidades dos indivíduos manifestadas em sua forma e maneira de pensar, de sentir, na expressão de seus comportamentos ou atitudes (com os outros e consigo mesmo), no estabelecimento de  objetivos, tomadas de decisões e durante o enfrentamento às novas situações em que se encontra.
               Os principais eixos que devem ser contemplados e acompanhados durante o envolvimento de um aluno na construção de sua atividade são:
  1. AUTOGESTÃO: viabilize as capacidades de organização de ideias e sentimentos, a manutenção do foco durante o envolvimento da resolução de um problema; estimule a persistência em alcançar um determinado objetivo e elabore o conceito de responsabilidade, afinal, toda ação gera uma determinada consequência.
  2. ENGAJAMENTO: construa a ideia de que todo raciocínio é dotado de informações que já possuímos de experiências anteriores e, caso necessitemos de novos dados, é preciso buscar caminhos diferentes e ferramentas que nos conduzam a aquisição de novas informações.
  3. AMABILIDADE: durante a elaboração de uma atividade em grupo ou que envolvam compartilhamento de dados, é preciso desencadear e dispor de empatia (compreender o ponto de vista do outro), respeito e confiança em suas tomadas de decisões.
  4. RESILIÊNCIA: lidar com frustrações é uma habilidade que deve ser aprimorada constantemente, levando em consideração que durante o curso de nossas vidas isso acontecerá inúmeras vezes. A tolerância e a autoconfiança são peças chaves que devem estar presentes nas expressões de nossas atitudes bem como no engajamento em buscar soluções práticas, esclarecedores e conclusivas de um determinado problema ou questão a ser resolvida.

Concluindo, ao pensar na estruturação do plano pedagógico, da escolha de atividades e ferramentas, priorize recursos (tecnológicos e manuais) que disponham de características voltadas para este tipo de estimulação integral. A área educacional está em constante movimento e precisa estar atualizada quanto às necessidades contemporâneas na construção de pessoas que compõe o grande cenário do novo contexto mundial.