As crianças e jovens com NEE (Necessidades Educacionais Especiais), tais como Síndrome de Down, TEA, TDAH, Dislexia, Deficiência Física etc, devem possuir dentro do ambiente escolar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI). Tal documento dispõe de orientações com relação ao trabalho pedagógico que deve ser desenvolvido com este aluno dentro do contexto escolar levando em consideração suas habilidades e dificuldades.
Para a montagem de tal planejamento, alguns dados precisam ser observados e levados em consideração durante a sua elaboração. São eles: aspectos motores, psicomotores, cognitivos, emocionais, de linguagem, comunicação, atenção, memória entre outros.
O PDI é uma ferramenta opcional?
Ele é um instrumento amparado pela Legislação Federal (LDB 9394) e visa o atendimento e favorecimento da escolarização de alunos com NEE bem como o processo de educação inclusiva de forma efetiva.
Esta forma de trabalho específico apresenta as seguintes características:
- adequar os conteúdos e objetivos de aprendizagem que se adequem às potencialidades da pessoa ao qual é direcionado;
- os conteúdos devem se aproximar ao conteúdo do grupo sempre que possível, viabilizando formas de trabalho que sejam, possivelmente, alcançadas pelo estudante dentro de suas habilidades. Porém, isso não descarta a inclusão de conteúdos específicos que possam potencializar o desenvolvimento pedagógico do mesmo.
- o tempo de atividade é variável e pode divergir do restante do grupo. Isso implica que tais adaptações quando ao tempo e manejo de atividades, em alguns momentos, precisem de uma estrutura de quantidade de tempo diferenciada.
- alguns conteúdos podem ser priorizados no planejamento realizado enquanto outros podem ser descartados, uma vez que possam se tornar estímulos que causem distanciamento ou desmotivação do aluno frente aos seus desafios em busca de novas informações e conhecimentos.
Assim, é preciso entender o aluno que necessite de um PDI como um ser único, tendo o seu planejamento como um documento a nortear o seu processo de aprendizagem bem como acompanhar seus progressos e desenvolvimentos. Vale ressaltar também que, a escola enquanto agente de socialização, também trabalha aspectos como treinos multissensoriais, exercícios de independência, consciência de si e de outros etc que também são planos que devem ser contemplados nesta ferramenta especial para pessoas com necessidades educacionais especiais.