TEA e as telas de cinema: uma adaptação flexibilizando a acessibilidade

TEA e as telas de cinema: uma adaptação flexibilizando a acessibilidade

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TEA e as telas de cinema: uma adaptação flexibilizando a acessibilidade

As crianças com TEA (Transtorno de Espectro Autista) e familiares que residem em Salvador/BA receberam uma boa e nova notícia em 18/12/18: todos terão direito à SESSÃO AZUL! Isto significa que, devido à lei 9.416/2018 sancionada pelo prefeito vigente ACM Neto, os cinemas em Salvador, pelo menos uma vez ao mês, deverão reservar uma sessão especial para este público mencionado.


Tal proposta visa incentivar e abrir novas possibilidades de acesso aos portadores de TEA neste ambiente, uma vez que (dependendo do grau de comprometimento) o mesmo pode ser visto e sentido como hostil mediante a quantidade de estímulos envolvidos e comportamentos a serem adotados dentro da estrutura de uma sala de cinema. Vale ressaltar que devido a hipersensibilidade que está envolvida dentro das características deste espectro, o cinema pode ser não visto como uma atração cultural ou de lazer atrativo para a maioria destas crianças.

   Como tentar modificar essa possível resistência ou estimular o acesso ao cinema ? 


Em linhas gerais, certos procedimentos para a apresentação de algum filme devem ser adotados:

1.SOM: deverá ter um volume mais baixo do que o utilizado regularmente;
2. ILUMINAÇÃO: a luminosidade será adaptada para uma forma reduzida e não com a ausência total da mesma como é de costume durante as apresentações em geral,
3. PROPAGANDAS: elas estarão suspensas, ou seja, o início da sessão do filme a ser apresentado já acontece com a reprodução do mesmo;
4. PERMANÊNCIA NA SALA: os participantes desta sessão terão acesso livre para entrarem e saírem da mesma sempre que houver a necessidade e a vontade de realizar tal prática.

Viabilizar essas novas oportunidades abre novos caminhos para a inserção destes indivíduos em atividades sociais que, na maioria das vezes, acabam sendo evitadas pelos responsáveis e familiares por inúmeros motivos.

Incluir não é uma tarefa fácil. Criar novos acessos não é apenas uma questão impositiva e sim uma construção de novos hábitos e oportunidades. Auxiliar  o desenvolvimento e a aquisição de novos momentos e aprendizagens para um indivíduo é fabuloso!

 
Informação: Cleiton Bastos - advogado pós graduado em Direito Civil
Produção Textual: Samanta Cremon - Psicóloga e psicopedagoga